domingo, 29 de dezembro de 2013

Brincando de berber vino


Estátua do General Artigas
Hoje foi o dia da visita à bodega. porém nossa visita estava agendada para às 13:30. Segundo o site, a bodega não era muito distante do centro, então resolvemos antes de ir para lá visitar a Ciudadela.

Como disse no post anterior, nosso hotel é um pouco distante do centro histórico, então tivemos que pegar um ônibus para lá. Aqui do bairro onde estamos, chamado Pocitos, existem vários ônibus que chegam à Ciudadela. O mais fácil é pegar um ônibus na Avenida Brasil (sim existe uma Av. Brasil aqui também rsrsrs - mas acredito que é bem melhor que a do Rio =P), o 121 ou o 116 param lá. Só tem que tomar cuidado com o sentido que você pega o ônibus...

Se vocês acham que o transporte público no Rio é ruim, é porque ainda não viram os ônibus daqui... Parece que ele pegaram nossos ônibus do Brasil dos anos 80/ 90 e trouxeram para cá.... Muitos enferrujados, amassados, caindo ao pedaços, sem ar condicionado e só a parte de cima das janelas é que abrem! o.O

Entrada da Ciudadela
Enfim... assamos dentro do ônibus mas chegamos à Ciudadela. Saltamos na Plaza Independencia onde fica o portal para a entrada da Ciudadela. A praça é bonitinha, tem uma estátua gigantesca do General Artigas e embaixo dela tem seus restos mortais. Artigas é um herói nacional que lutou contra para a libertação das colônias espanholas. Decidimos não visitar seus restos mortais... a maioria concordou que é algo muito mórbido para um herói que nem é conhecido por nós...

No final da Plaza Independencia está o portal para a entrada da Ciudadela, que é basicamente uma rua cheia de lojas e algumas barraquinhas na rua vendendo algum artesanato ou camisetas com temáticas do Uruguai. O local é bonitinho mas pra mim não teve um fator UAU. Mas é um lugar que vale a pena visitar, faz parte da história do local, tem umas pracinhas que são uma graça, cheia de passarinhos, algumas feirinhas de antiguidades.

Descemos toda a rua principal e caímos na Rambla da Republica de Francia. Ali realmente não tem nada pra ver, é só o porto cheio de carregamentos, sem uma sombra pra se esconder e não tinha uma alma viva.. a não ser os carros que passam voando pela rua.

Eu no meio dos vinhedos
Voltamos para a Ciudadela para pegar um taxi para irmos à Bodeda Bouza. Fomos de táxi, pois durante nossas pesquisas, sairia mais barato do que pedir para a bodega nos buscar ou fecharmos uma van no hotel. Ida e volta, um taxi saiu por 800 pesos (uns 100 reais) a bodega nos ofereceu uma van por 1500 pesos e o hotel em sua insana loucura queria fechar uma van por 1900 pesos!

Da Ciudadela até a Bodega, leva uns 20 minutos, você pega um pedacinho de uma auto estrada (pelo menos parecia uma...). O lugar é super gostoso - como tudo nesta época do ano por aqui, infernalmente quente, mas mesmo assim super agradável. Chegamos quase 1 hora antes da visita guiada - que juntamente com a degustação de vinhos sai por 680 pesos (uns 85 reais). Pensamos até em almoçar por lá, mas os preços não estavam valendo a pena, pelo menos para nós que não estamos esbanjando tanta grana assim... Um almoço sairia uns 100 DÓLARES para cada uma! Logo.. abolimos esta ideia...

Nosso vinho refrescante
Para passar um tempo pedimos um vinho branco bem fresquinho e sentamos à sombra na varanda do restaurante. Acabamos o vinho na hora da visita guiada. E é uma visita bem legal. Ela explica um pouco da história do lugar, os tipos de uvas que eles utilizam, como e porque os pés são plantados daquela maneira.

Observamos de perto uma das plantações, depois fomos o local onde as uvas são processadas e onde é criado o vinho. Honestamente, eu acho que a modernidade tirou um pouco do romantismo da fabricação, pois a maioria dos tonéis são de metal, só uns poucos são de madeira... Mas mesmo assim o processo é bem legal.  uma coisa que a moça da visita guiada falou é que o vinho da uva vermelha, inicialmente sai da mesma cor do vinho branco. A cor avermelhada bem característica do tinto, se dá depois, quando a casca é reimprenssada e a substância que dá cor à casca é liberada.

Depois que eles saem dos tonéis gigantes, o vinho vai para os barris de carvalho. Lá na bodega eles possuem barris de carvalho de diversas regiões do mundo, da frança, dos estados unidos, e cada um dá um sabor diferenciado ao vinho (pelo menos foi isso que eu entendi...).

Toneis onde há a produção
Após a visita guiada fomos ao museu que existe na bodega só de carros antigos. A família Bouza, dona da bodega, possui vários modelos do Ford T! Não posso negar que fiquei encantada, lá ainda tinha vários modelos de carros antigos e de vespas super lindinhas.

Depois do tour estávamos ansiosas pela degustação, estávamos famintas e sabíamos que com os vinhos viriam alguns queijos e pães. Porém o pessoal do restaurante onde a degustação iria ser feita esqueceram da gente.. ou melhor, deram prioridade ao pessoal que iria almoçar, mesmo aqueles que chegaram depois de nós!

A Marcela que fala muito bem espanhol deu uma brinca na recepcionista que rapidinho eles arrumaram uma mesa para nós hehehhehe

Sentamos e as meninas ficaram apaixonadas pelo garçom que estava nos servindo. Tenho que admitir, que ele era uma gracinha =P Assim que ele chegou com o pão e os frios nós atacamos como se não houvesse amanhã hahahahaha Nem esperamos ele voltar com os vinhos para saber se ele iria nos orientar com a harmonização entre vinho e  os frios. Mas acreditamos que não iria. Ele só nos disse que tipo de vinho que era, de que tipo de uva era feito se era frutado, amadeirado ou blá blá blá... realmente não entendo nada de vinho =P Cheguei à conclusão que eu gosto mesmo é de vinho branco... Os outros eu até tomo, mas não curto muito não.

Barris onde os vinhos são maturados
Depois de comermos e bebermos, voltamos para a Ciudadela, onde demos mais uma voltinhas pelas ruas de lá e paramos para no Freddo para tomar um sorvete. Pelo que as meninas me disseram é uma sorveteria bem conhecida, estava gostoso, se bem que não variei muito e acabei pedindo um de chocolate.

Voltamos para o hotel demos uma descasadinha e decidimos sair para comer, pois não havíamos almoçado ainda! Apenas enganamos o estomago o dia todo. Achamos um bar restaurante relativamente perto do hotel chamado 62 bar. Achei  o lugar super simpático, os garçons são atenciosos, a música é de bom gosto - um rock (tocou pearl jam, nirvana, lenny kravitz, etc), a cerveja estava gelada e a comida parecia boa. A carne que eu pedi estava poco temperada, mas mesmo assim estava boa. As meninas pediram umas saladas e massas que pareciam boas também.

Vários modelos T
Depois de comermos e bebermos (muitas rsrsrs) voltamos para o hotel para um bom descanço, porque amanhã terá muitas caminhadas num calor previsto para 38 graus!
Muitas taças de vinhos depois....

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